Estudo sobre o abandono em Espanha

Em Junho de 2009 foi publicado um estudo anual sobre o abandono de animais de companhia em Espanha. Este estudo foi feito por uma Fundação dedicada a promover o papel dos animais de companhia na sociedade e contou com a colaboração de 250 associações de ajuda a animais.
O estudo mostrou que:

1. A quantidade de animais de companhia abandonado aumentou 6.5% em 2008, tendo sido abandonados 109.000 cães e 24.000 gatos.

2. Não existe uma época do ano por excelência de abandono de cães enquanto que os gatos são mais abandonados no Verão.

3. 14% dos cães e 5% dos gatos recolhidos nas ruas foram restituídos aos donos porque se tinham perdido.

4. 30% dos cães e 20% dos gatos recolhidos foram adoptados.

5. Apenas 24% dos cães e 3% dos gatos recolhidos tinham microchip implantado.

6. São abandonados animais de todas as idades, sexos, tamanhos, cruzados ou de raça.

7. As principais causas de abandono são:

- problemas de comportamento do animal (16%);

- mudança para uma casa mais pequena (12%);

- fim da temporada de caça (12%);

- falta de tempo e/ou espaço pelo nascimento de um filho (10%);

- perda de interesse pelo animal (9%);

- alergias (9%);

- mudança para uma casa alugada (8);
- gravidez, medo de toxoplasmose (6%);

- férias (5%);

- falecimento (3%);

- outros (10%).

Este mesmo estudo aponta as seguintes recomendações:

* A decisão de ter um animal de companhia deve ser tomada em família;

* Para que a convivência com o animal seja bem sucedida são imprescindíveis a selecção do animal ideal e a sua educação:

- Relativamente à escolha do animal deve informar-se sobre o tipo de animal adequado, raça, tamanho, idade, … que melhor se adapte aos gostos, estilo de vida, tamanho da casa, nível de actividade, ...

- É indispensável educar correctamente o animal, preferencialmente ainda em cachorro.

* O microchip é o método mais seguro para recuperar os animais de companhia.

Em Portugal não temos conhecimento de nenhum estudo deste género mas seria muito útil fazê-lo para se ter uma noção real da dimensão do problema e das causas para que se possam tomar medidas efectivas para a sua resolução.